João Batista

O HOMEM

Lucas 1:80; 3:2-18; Mateus 3:1-12

A profecia deixa muito óbvio que Deus tinha planos muitos definidos para João o Batista antes mesmo do seu nascimento (Lucas 1:15 e 16). Apesar desse fato, não sabemos quase nada sobre os primeiros anos da sua vida. Ele aparentemente teve pouca ou nenhuma educação formal. Não era preparado para o sacerdócio, como seu pai Zacarias, mas ficou em lugares desertos, não sendo visto pelos homens até que tivesse aproximadamente 30 anos.

João comeu gafanhotos (um inseto considerado limpo e comestível pelos Levitas) e mel silvestre. Essa comida certamente parece estranha para nós, mas muitas pessoas da terra comem gafanhotos hoje em dia. São aparentemente muito nutritivos, embora pessoalmente não me sinta atraído por eles. João usava um cinto de couro, uma vestimenta comum para pessoas pobres daquela época, e uma túnica de pele de camelo.

Se você tivesse visto João o Batista andando pela rua, provavelmente seria muito repulsivo para você. Algumas das pessoas da sua época disseram que ele era possuído pelo demônio, porque não bebia vinho, produtos derivados de uva ou bebida forte.

Isso parece estranho para a mente natural porque tendemos a pensar sobre os pregadores de Deus como pessoas agradáveis, queridas e amigáveis. Obviamente esse é o padrão que o homem tem para um pregador e não o de Deus. I Coríntios 1:26-29 explica a chamada de homens como João o Batista. Deus escolhe homens desconhecidos e sem importância para que as pessoas ficam sabendo que sua mensagem, sabedoria e obras não são resultados do poder, conhecimento e esforços dos homens, mas da graça de Deus. Nunca procure por características humanas atraentes em um homem de Deus, procure pelo testemunho da graça de Deus operando nele e pela pura e simples pregação da Palavra de Deus.

 

O PREGADOR

Lucas 3:1-20; João 1:19-29

João o Batista foi o precursor que Deus enviou diante de Jesus Cristo. Era seis meses mais velho que o Senhor no que diz respeito ao Seu nascimento físico, mas sabia que Jesus era eterno e, portanto, era antes dele.

João era totalmente destemido em suas pregações. Falou a verdade sobre o pecado mesmo quando parecia não estar sendo amável. Referiu-se aos hipócritas religiosos daquele tempo como geração de víboras (cobras). Recusou-se batizá-los, pois sabia que consideravam isso apenas como um ato religioso. João sabia que Deus requer o arrependimento de coração. Alertou ao povo judeu a não tomar por comum as bênçãos de Deus por serem fisicamente descendentes de Abraão. Disse-lhes que Deus julgaria toda árvore pelos seus frutos e que Ele poderia suscitar filhos a Abraão das pedras. Essa foi a profecia de Israel ser cortado e dos Gentios serem enxertados.

João nunca promoveu a si mesmo. Disse que era apenas uma voz clamando no deserto. Nunca fez alusão ao grande número que veio a Deus através dele nem registrou o número de seus convertidos e batizados. Constantemente voltou a atenção do povo a Jesus Cristo, Aquele cujas sandálias não era digno de desamarrar. Disse-lhes que Jesus era o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O verdadeiro teste de relacionamento do pregador com Deus está naquilo que prega. A quem ele prega – a si mesmo ou a Cristo?

O ministério de João durou apenas alguns meses. Pelo fato de ter repreendido Herodes Antipas pelo pecado de tomar a esposa de seu irmão Filipe, foi aprisionado e então decapitado. O Senhor disse, “...entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista”. Certamente esse pregador tinha muitas faltas diante dos padrões do homem, mas foi verdadeiramente um pregador segundo o coração de Deus. Que elogio maior teria um homem senão a aprovação pessoal de Jesus Cristo?

 

Forrest L. Keener